A crise económica, iniciada em 2008, trouxe consigo a contenção da despesa pública e, consequentemente, da despesa dedicada à saúde. Assim, a despesa pública com a saúde tem vindo a diminuir e em 2014 cifrou-se em 61.919 milhões de euros, 8,7 bilhões a menos que em 2009. Em 2015, e de acordo com os últimos dados publicados pelo Ministério da Saúde, os gastos com saúde começam a recuperar, embora ainda estejam abaixo dos níveis de 2008.
No caso dos medicamentos, nestes anos as medidas de contenção da despesa farmacêutica aumentaram, resultando numa diminuição de quase 3.000 milhões de euros entre 2009 e 2015 (Ministério da Saúde, Serviços Sociais e Igualdade, 2016).
Neste contexto, a Farmácia Hospitalar (FH) tem enfrentado importantes desafios, dando um passo qualitativo como especialidade. Desde a cronicidade de patologias muito prevalentes, ou a introdução de novos tratamentos inovadores e de elevado impacto económico, ao aumento das dispensas a doentes externos.
No entanto, a necessidade de conter os gastos como prioridade imposta posicionou o farmacêutico como controlador dos gastos farmacêuticos, embora na realidade tenha desenvolvido serviços de alto valor para o doente.
Se somarmos a tudo isso o desconhecimento geral que existe sobre a IC e suas contribuições para o sistema de saúde, muitos desafios se abrem para essa especialidade.
Neste documento, tentamos abordar os seguintes aspetos:
– Necessidade de inovar nos serviços de farmácia hospitalar
– Barreiras e condições necessárias para a inovação
– O ecossistema de inovação em farmácia hospitalar
– Chaves para a criação e promoção do ecossistema no meio ambiente
- Autores: Antares Consulting, Ferrer
- Idioma: Castelhano